quinta-feira, 1 de abril de 2010

Construção: ecoeficiência deve ser incentivada por ações públicas efetivas

Até 2020, todas as residências do estado americano da Califórnia deverão ter consumo zero de energia em rede, ou seja, serão casas autossuficientes, com produção local de energia limpa. A mudança deverá ser estendida também a todos os prédios comerciais até 2030.

O exemplo é o mais radical do relatório de políticas públicas adotadas no mundo para o incentivo de soluções ecoeficientes na construção civil apresentado pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) recentemente no 2° Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável.

Mas especialistas em construção e sustentabilidade alertam para a importância de ações governamentais fortes e não apenas de certificações energéticas - ações estas, aliás, que seriam a motivação da ambiciosa meta californiana.

O Relatório de Avaliação de Políticas Públicas para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa em Edificações é resultado do trabalho do SBCI (Sustainable Buildings & Construction Iniciative) e da UNEP (United Nations Environment Programme), sob coordenação do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) em parceria com a Universidade da Europa Central (CEU).


Produção: Conteúdo para internet
Fonte de pesquisa: site Piniweb

Construção civil: pesquisadores testam concreto mais forte, seguro e ambiental

Cerca de cem pessoas morrem e 3.000 são feridas por ano em incêndios de edificações somente na Austrália. E hoje 5 a 8% da emissão de carvão no mundo vem da fabricação do cimento tradicional, que exige a queima do calcário para ser produzido.

Por motivos como esses, pesquisadores australianos estão usando rejeito das termoelétricas para tornar o concreto mais forte, seguro e que libera 80% menos dióxido de carbono que o cimento comum.

De acordo com o cientista de materiais Willian Rickard, da Curtin University, em Perth, a maior vantagem do rejeito “fly ash” (cinza da queima do carvão) é que ele mantém sua resistência a temperaturas acima de 1.200 C°, ao contrário do cimento tradicional, que começa a perder sua resistência a cerca de 600 C°.

Na prática, segundo o pesquisador, construções de concreto com cinza do carvão teriam chances maiores de resistir a um incêndio. Outra utilidade seria a reciclagem do rejeito, atualmente depositado em aterros.

Apesar desse tipo de estudo com cinza do carvão no concreto não ser exatamente uma novidade, os pesquisadores estão otimistas com os resultados que podem “revolucionar a indústria mundial da construção” e esperam levar a tecnologia para testes de escala industrial e comercialização.

Produção: Conteúdo para internet
Fonte de pesquisa: Aggregates Research Industries/ Anepac